quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Por trás das Reuniões

Ultimamente todos foram bombardeados com notícias das reuniões e possíveis reuniões dos grandes ícones do rock'n'roll mundial. Enquanto os boatos surgem sobre uma possível reunião da formação original do Guns N'Roses e dos remanescentes do Pink Floyd, o Van Halen e o Black Sabbath anunciam o lançamento de um álbum de músicas inéditas.

O que me vem à cabeça com isso tudo é o motivo dessas reuniões. Os álbuns foram lançados, as bandas fizeram história e encerraram suas atividades de forma heróica, mas sempre acabam anunciando uma volta.
Formação original do Black Sabbath (da esquerda para a direita): Bill Ward, Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Tony Iommi.

Nesses momentos o Led Zeppelin sempre aparece na minha frente. Eles sim souberam aproveitar o seu tempo e viraram lendas do rock'n'roll, assim também como os Beatles.

O que me indigna nisso tudo não é que a banda vai voltar, isso é uma grande oportunidade para todos a verem ao vivo, mas é que as questões que norteiam essa volta não é mais a música e sim dinheiro. Pois é, capitalismo!!

Nessa última semana, Bill Ward, baterista original do Black Sabbath, anunciou a sua saída da reunião justamente por motivos contratuais. Paralelo a isso também surgiu o fato de que Bill contribuiria só com o nome para o álbum novo do Black Sabbath, não tocaria bateria nas gravações, isso pode ser chamado de reunião? Da volta da melhor e maior banda de rock de todos os tempos?

Acho que por isso que o Pink Floyd deixa tudo como está, não voltam, apesar dos fortes boatos. Enquanto isso, o Van Halen já está com o seu novo álbum praticamente pronto e caminhando para uma grande turnê mundial, com seus contratos devidamente acertados com todos os membros da banda.
Formação atual do Van Halen, com David Lee Roth de volta aos vocais.
Capa do A Different Kind of Truth (2012), novo álbum do Van Halen.

Eu sei que a maioria dos web-leitores vai discordar disso tudo, mas foi a sensação que tive ao ver o cenário. Vou continuar escutando meus álbuns do Black Sabbath como sempre, e se tudo der certo e eles vierem para o Brasil, não vou deixar de vê-los, porque com capitalismo ou não, eles são a história e isso merece ser visto.

Com todo o cenário, tive uma sensação parecida a de quando assisti o filme-documentário Zeitgeist, tipo como se algo em que eu acreditasse fosse negado. Mesmo o capitalismo vencendo a música, não vamos deixar isso estragar toda a magia do rock'n'roll, que pessoas como Ronnie James Dio lutaram tanto para construir.

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