quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

11 anos de uma noite histórica

Iron Maiden no Rock In Rio (da esquerda para a direita): Janick Gers, Steve Harris, Bruce Dickinson, Nicko McBrain, Dave Murray e Adrian Smith.

Hoje, dia 19/01/12, completam-se 11 anos do show histórico do Iron Maiden no Rock In Rio. Para início de conversa, era para eu ter feito essa postagem ano passado, mas ela só acabou por sair nesse ano mesmo.

O Iron Maiden foi a primeira banda de rock pesado que escutei e ainda é a minha banda favorita. Em todos esses anos de rock'n'roll, assisti eles ao vivo duas vezes, e já assisti muitos shows através de DVD's e VHS' registrados, oficiais ou não. De tudo isso, não tenho dúvidas ao dizer que o show realizado no Rock In Rio, no dia 19/01/01 foi o melhor da história da banda.

Por sorte, o show foi registrado no álbum ao vivo Rock In Rio (2002), e posteriormente lançado em DVD também. Coincidentemente, esse álbum foi o primeiro item da minha coleção, e me lembro de ter escutado ele exaustivamente nos primeiros dias, a ponto de decorar as falas do vocalista Bruce Dickinson entre as músicas.
capa do Rock In Rio (2002).

Uma atmosfera diferente estava naquela show, acho que o Eddie (mascote do Iron Maiden) estava realmente nas nuvens assistindo o show, como retratado na capa do álbum. O som da banda estava mais pesado, os vocais mais fortes, não sei explicar isso. Acho que todos se deixaram levar pela emoção do momento. Era a primeira vez que o Iron Maiden vinha para o Brasil depois da volta de Adrian Smith e Bruce Dickinson, e eles estavam voltando ao Brasil justamente pela porta de entrada, que foi o Rock In Rio (O Iron Maiden tocou no Brasil pela primeira vez no Rock In Rio I, em 1985).
Dave, Bruce e Janick.
Como muitas bandas gostam de dizer, essa foi certamente uma noite para ser lembrada, e ela ficará para sempre marcada nas 250.000 pessoas que assistiram o show, ou na mente daqueles fãs que vivenciaram o show pelo registro no álbum.

Enfim, o mínimo que poderia fazer para eternizar esse momento é dedicar esse espaço a esse grande show.




terça-feira, 17 de janeiro de 2012

R'N'P Store

Bem-vindos à Rock'N'Prosa Store. Aqui você poderá levar seu blog favorito de contos sobre o rock'n'roll para todos os cantos desse Planeta Terra.


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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Prosa Rock: As escolas do rock


No final do ano passado, o nosso web-leitor Bruno Diniz sugeriu que o Rock'N'Prosa fizesse um panorama geral dos diferentes estilos de rock, justamente porque muitos fãs escutam, mas não sabem a história por trás do estilo.

Os termos "thrash", "death", "heavy" e "progressivo" estão sempre presentes nas postagens, mas uma explicação sobre o que é cada um deles não está. Foi pensando nisso que decidi seguir à risca o que foi sugerido pelo nosso web-leitor e falar um pouco sobre as "Escolas do Rock".

Eu desconheço quem foi o criador do rock de fato, eu considero Chuck Berry, não sei se estou errado. O estilo foi uma adaptação do blues, só que deixando um pouco de lado a "tristeza" deste. Os primeiros ícones que conheço foram os Beatles e os Rolling Stones, bandas que conquistaram o mundo com o puro rock, nos anos 1960.
Tony Iommi.

O rock pesado de fato começou quando Tony Iommi decidiu distorcer a sua guitarra e compor músicas, o que deu origem ao heavy metal e ao Black Sabbath, no ano de 1970. Enquanto o Sabbath mostrava o heavy metal ao mundo, novas bandas surgiram com uma proposta diferente, ainda na Inglaterra, como o Deep Purple, trazendo sintetizadores para junto do rock. Essa escola foi anteriormente imortalizada pelo Pink Floyd, também na Inglaterra no final dos anos 1960, e é conhecida como "rock progressivo".
Deep Purple, e o seu rock psicodélico.



Se a Inglaterra é o berço do heavy metal, podemos dizer o mesmo para o "progressivo" (ou "prog" para os mais familiarizados). De lá foi que saiu o Pink Floyd, Genesis e o Emerson, Lake and Palmer, as três bandas que praticamente inventaram essa escola. O "prog" é caracterizado pela "progressão" na música, o que é isso? muito simples, a música inicia-se de forma lenta e em seguida entra em um ritmo mais rock'n'roll. Na teoria isso ocorre, mas na prática, temos um estilo muito experimental, cheio de variações nas músicas, o que inclui muitas guitarras e sintetizadores.



Essas bandas tiveram o seu auge nos anos 1970, depois disso o estilo foi morrendo aos poucos, justamente pelo crescimento do heavy metal no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, com bandas como o KISS, o Judas Priest e o Iron Maiden. Mas, enquanto o heavy metal atraia mais adeptos, uma parcela de músicos não estavam felizes com o "peso" dessa escola e decidiram fundar uma nova, uma escola em que as guitarras eram mais "pesadas" ainda, estava estabelecido o "thrash metal".
Tom Araya e Kerry King, do Slayer.

Essa "revolta" aconteceu nos Estados Unidos, na chamada "Bay Area", foi lá que no meio dos anos 1980 surgiu o Metallica, o Slayer e posteriormente o Megadeth. A velocidade e o peso do thrash metal era algo incomum para a época, o mundo nunca tinha visto aquilo. Toda a agressividade da parte instrumental era passada para a música, e isso conseguiu atrair os fãs que estavam revoltados com as bandas "prog". Essas 3 bandas citadas trilharam caminhos diferentes, o Slayer continuou fazendo o que gostava, sem perder o foco e hoje continua produzindo grandes álbuns e executando seus shows para sua fiel platéia, assim também como o Megadeth. A exceção disso tudo é o Metallica, porque eles tinham tudo para ser apenas mais uma banda, mas hoje são a maior banda de rock do mundo, de todas as escolas.
Dave Mustaine e o Megadeth.


Se por um lado algumas bandas procuraram agressividade, outras procuraram a "paz", foi aí que surgiu o "new wave", a escola pacificadora do rock. As bandas representantes dessa escola são o The Police e o U2, bandas com instrumental relativamente "leve", e letras acalmantes, por assim dizer.




Nos anos 1980 foi onde quase todas as escolas se estabeleceram, qualquer mudança feita no heavy metal se tornava uma nova escola do rock. Foi assim com o Helloween, que adicionou mais velocidade e tirou um pouco do peso do heavy metal, criando o heavy metal melódico, uma das minhas escolas favoritas. Os principais representantes dessa escola, além do Helloween, são o Stratovarius, o Gamma Ray e o Angra.
Stratovarius.




No início dos anos 1990, nos Estados Unidos, uma banda aproveitou o peso do thrash metal e adicionou vocais completamente rasgados às músicas.  Surgia aí o Death e paralelo a isso, o "death metal". 



Essa escola se espalhou pelo mundo rapidamente, mas foi a Noruega o país que mais a adotou. Algumas bandas levaram a escola para o lado ocultista, adicionaram mais velocidade e vocais mais rasgados e agudos que a banda pai da escola, aí surgia o "black metal", que também se espalhou rapidamente por todo o mundo. Bandas como o Dimmu Borgir ganharam uma dimensão gigante no mundo rock'n'roll, e isso ocasionou a revolta das bandas menores, que decidiram continuar "pequenas" e se auto-titularam "the true norwegian black metal" (em tradução-livre: "o verdadeiro black metal norueguês"), mas não cabe a nós discutir isso agora.




No final dos anos 1990 algumas bandas adicionaram elementos de hip-hop ao rock, criando o chamado "new metal". Essa escola foi apontada por muitos como a responsável pela morte do rock'n'roll, o que discordo profundamente. Mas, novamente, não cabe a nós discutir isso agora.

Atualmente as bandas estão circulando em meio a essas escolas e criando verdadeiras obras-primas, mas à medida que avançamos nos anos 2000 vai chegar a hora da criação de uma nova escola do rock'n'roll.

Bem, espero que tenham gostado dessa viagem pelas escolas do rock. Essas foram apenas algumas escolas do rock, muitas outras existem e ficaram de fora desses comentários, em uma outra oportunidade voltaremos a esse assunto.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Pure Rock: 5 músicas para entender o The Wall


No ano passado saiu a confirmação das datas em que um muro será construído no Brasil por Roger Waters. No dia 25/03 um muro será construído em Porto Alegre/RS, no dia 29/03 no Rio de Janeiro/RJ e nos dias 01/04 e 03/04 em São Paulo/SP. Com isso, para homenagear esse grande ícone do rock progressivo, vamos hoje resumir todo o álbum The Wall (1979) em 5 músicas. Será um desafio em tanto, mas vamos ver o que conseguiremos. Para início de conversa, o The Wall (1979) conta a história de Pink, uma criança que viveu na Inglaterra no período pós-guerra, em outras palavras, a história é quase como uma auto-biografia de Roger Waters.

#1 - Pink Floyd - In the Flesh? (The Wall, 1979)
Do que seria toda obra se não fosse o seu início? In the Flesh? é a abertura desse grande álbum, e abertura do show também. Ela é executada no início e no fim do álbum, a diferença é que na versão inicial temos um tom ameno, meio incerto sobre o que virá. Já na versão final temos um tom mais agressivo e porque não dizer, racista, em que Pink aponta um canhão de luz para o seu público e distingue todos em relação à raça, opção sexual e religião.


#2 - Pink Floyd - Another Brick in the Wall (The Wall, 1979)
Essa, que é uma das músicas mais famosas do Pink Floyd é o ponto chave do The Wall (1979). Ela é dividida em três partes, em cada parte o personagem Pink se mostra mais decidido em mudar seus pensamentos e se tornar um verdadeiro inimigo da sociedade. Isso é refletido também na melodia das músicas, que vai ficando mais pesada à medida que as partes avançam. A parte 2 de Another Brick in the Wall é a mais conhecida do público em geral.


#3 - Pink Floyd - Hey You (The Wall, 1979)
Hey You marca a transição entre os dois momentos da história, e mostra justamente o momento de confusão na cabeça do personagem Pink. Depois de toda a agressividade de Another Brick in the Wall pt. III, Pink observa toda a sociedade e vê se ainda lhe resta esperança, se a sociedade ainda pode ser algo bom. Mas, no final ele vê que aquilo tudo foi "fantasia". Essa é uma das minhas músicas favoritas do álbum.


#4 - Pink Floyd - Comfortably Numb (The Wall, 1979)
Essa música dispensa comentários, é simplesmente um dos maiores clássicos do Pink Floyd, e é famosa pelo seu solo, executado brilhantemente por David Gilmour. Segundo Roger Waters, Comfortably Numb foi composta para falar do momento em que deram sedativos a ele para que não perdesse o show, ou, como ele mesmo gosta de dizer: "foram as duas horas mais longas da minha vida". Coincidentemente, isso tudo se encaixa na história de Pink e o seu muro.



#5 - Pink Floyd - Outside the Wall (The Wall, 1979)
Esse é o final do álbum, a última música e uma das mais charmosas, por assim dizer. O instrumental é relativamente simples, com Roger Waters cantando acompanhado de uma sanfona e um bandolim somente. O que gosto dessa música é que mostra o mundo por fora do "muro", o mundo que Pink não conheceu porque estava preso. A letra, apesar de simples, consegue retratar tudo isso em poucos versos.




Provavelmente não estarei presente nos shows, mas para você que vai, bom show. É praticamente impossível resumir um álbum como o The Wall (1979) em 5 músicas, mas espero que vocês tenham conseguido acompanhar um pouco do enredo do álbum e saber o que o espera nos shows do Roger Waters.

Até o nosso próximo "Pure Rock".

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

As Musas do Rock


Muita gente pensa que somente criaturas das profundezas do mundo povoam o mundo do rock'n'roll. Pois bem, essa visão vai mudar agora. Se quando Deus desenhou as mulheres ele estava namorando na beira do mar, quando desenhou as musas do rock ele estava em um plano acima.

Será que já pensaram em organizar um concurso de Miss com as mulheres do nosso rock'n'roll? Com certeza elas não iriam desapontar até os mais leigos em música.

Originalmente, as musas são as filhas do Deus grego Zeus e são a personificação do conhecimento e das artes, principalmente a literatura, a dança e a música. Não sei se filhas de Deuses ou não, mas o rock'n'roll tem uma verdadeira seleção de musas. As musas são fonte de inspiração dos poetas e na música elas são a própria inspiração por trás das bandas.
Simone Simons.
A presença de palco delas é indiscutível, Simone Simons (Epica) e Tarja Turunen (Ex-Nightwish) que o digam. Os antigos matemáticos definiram a "razão áurea" como o símbolo da perfeição geométrica, mas eles esqueceram de escutar a voz de Sharon Del Angel (Within Temptation) e adicionar a essa "razão".
Sharon Del Angel.

Tarja Turunen.

Mesmo não sendo muito fã dessa banda, devemos nos lembrar do olhar enigmático de Amy Lee (Evanescence) quando falamos das nossas Musas do Rock. E por que contemplar somente as jovens musas? Nada disso, musa que é musa não tem idade, por isso Amanda Somerville e Susan Tedeschi (Tedeschi Trucks Band) também estão presentes.
Amy Lee.

Indo para o lado mais extremo temos Angela Gossow (Arch Enemy), contrastando seus vocais agressivos com uma aparência acalmante. 
Angela Gossow.
E para concluir, quem disse que o Brasil também não é o berço de uma musa? Dani Nolden (Shadowside) e Daisa Munhoz (Soulspell) são de longe as nossas representantes no mundo do rock'n'roll, e excelentes representantes, por sinal.
Dani Nolden.
Essa foi para começar o ano bem aqui no Rock'N'Prosa, e vamos dar continuidade à trajetória do nosso blog de contos favoritos sobre o rock'n'roll.