quarta-feira, 23 de maio de 2012

A Máquina do Tempo



São poucas as bandas que podem se dar ao luxo de embarcar em uma Máquina do Tempo. O Iron Maiden fez isso a alguns anos atrás, com sua magnífica Somewhere Back in Time tour, relembrando antigos clássicos dos anos 80, que não era executados há muito tempo. Mais recentemente o Rush criou sua própria Máquina do Tempo e embarcou, levando os fãs pelo mundo do Moving Pictures (1981) e outros clássicos da banda.

Mas, do que consiste isso na verdade?

Muita gente não é fã das turnês "Máquina do Tempo", ou "Retrô", como queiram chamar. Eu vejo isso tudo como uma oportunidade, uma chance de rever clássicos, uma nova chance de reviver uma época.
Iron Maiden e sua volta aos anos 80 com a Somewhere Back in Time tour.

É legal para as bandas lançarem novos álbuns? É sim, absolutamente. Mas, a sensação de embarcar numa Máquina do Tempo é indescritível. Pude vivenciar isso com o Iron Maiden em 2008 e 2009, onde a banda executou grandes clássicos, músicas que não eram executadas a mais de 10 anos, músicas que nunca tinha pensado em ver ao vivo algum dia. Essa é a magia dos clássicos, a magia da Máquina do Tempo.

Voltando mais no tempo ainda, temos Paul McCartney, executando músicas dos primeiros álbuns dos Beatles (datados do início dos anos 60) e o Lynyrd Skynyrd, com seu rock sulista dos anos 70, que não envelheceu com o tempo.

Mas, tudo isso é apenas para falar da Máquina do Tempo mais recente que presenciei, virtualmente, infelizmente. O Time Machine (2011), do Rush.
Rush e sua turnê Time Machine, em 2010, culminando no lançamento do DVD com mesmo nome.

A primeira sensação que temos é que realmente estamos embarcando na História do Rush, com a brilhante abertura no telão culminando em Spirit of Radio. É impressionante como eles conseguem puxar a sua atenção para o espetáculo, casando telão e palco perfeitamente. Clássicos não faltam em um show do Rush, mas o diferencial dessa Máquina do Tempo é a execução na íntegra do Moving Pictures (1981), trintas anos após o seu lançamento.

Não adianta eu ficar falando de todas as músicas desse show, porque isso não é uma revisão, e sim uma impressão sobre o efeito desse dispositivo que nos faz voltar no tempo.

Isso é a prova que temos para ratificar a imortalidade da música, mesmo após trinta anos, um álbum ainda é capaz de agradar uma grande parte do público. E isso acontece com todos os estilos de música. Músicas são relembradas, vividas e cantadas como se tivessem sido lançadas a pouco tempo.

A Máquina do Tempo sempre voltará enquanto a música respirar, trazendo músicas e melodias que nós nunca cansaremos de ouvir e apreciar.


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