quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Solista



Sempre que vamos a um concerto, somos brindados com uma grande execução da orquestra. Toda orquestra possui o seu solista em determinado momento.

O lugar do solista é um lugar de honra e destaque, somente os melhores chegam nessa posição. Aquele que chega ali sabe que fez por merecer, e isso pode ser visto quando o solista deixa a orquestra e caminha para o lado do maestro, com seu respectivo instrumento. Todas as luzes são direcionadas para ele, todos os olhares e ouvidos.

No rock'n'roll, o solo é uma das partes, por não dizer a mais, importantes da música. Os solistas do rock'n'roll nos brindaram com magníficos solos ao longo de toda a história. Eu já tenho meus solos favoritos, imagino que você que está lendo também tem os seus.

Já falei em postagens anteriores o quanto a música clássica se assemelha com o rock'n'roll, e aí está mais um elemento.

O solista passa todo o sentimento da música para o seu instrumento, ele complementa tudo aquilo que está sendo tocado e cantado. O solo transmite boas energias acima de tudo. Até algo triste como o blues, passa um sentimento de paz.
Adrian Smith, do Iron Maiden.
Poder ver um dos seus solistas favoritos ao vivo é um grande feito. Tive essa oportunidade nos shows do Iron Maiden. Poder ver Adrian Smith executar o solo de Wasted Years foi muito gratificante (meu segundo favorito do Iron Maiden, diga-se de passagem, o primeiro lugar é de Stranger in a Strange Land, melhor solo de toda a história do Iron Maiden e quiçá do rock'n'roll), ainda me lembro do momento, assim que começou o solo esqueci o show, os olhos e ouvidos estavam fixos no solista.

Um bom solo não precisa ser veloz, precisa captar as energias ao redor e transmití-las ao público, precisa ser agressivo quando for o momento, ou melancólico quando for exigido. Falando nisso, não consigo me lembrar de alguém melhor do que David Gilmour, do Pink Floyd. Se pegarmos o dicionário acho que terá um significado a mais para a palavra "perfeição", é o solo de Time, do Dark Side of the Moon (1973).
grande mestre David Gilmour.
Eric Clapton e George Harrison sempre foram muito próximos, e todo esse entrosamento foi injetado na música Something, dos Beatles. A música originalmente composta por George Harrison para o Abbey Road (1969) ganhou a contribuição de Eric Clapton no solo, e posso dizer que é o melhor de toda a carreira dos Beatles.

Mas, e os novos solistas? Só falamos nos antigos. Calma. A música está em boas mãos. O grande Zakk Wylde, que tocou com Ozzy Osbourne muitos anos e hoje dedica seu tempo ao Black Label Society, apesar do som pesado de sua banda é um grande solista.

Duvida? O solo Farewell Ballad resume tudo isso que foi mencionado como qualidade nos antigos solistas, um solo simples e direto, sentimental e agressivo.


Para brindar todos os solistas, vou deixar vocês com uma música do HammerFall, eu sei que não é clássica, mas é um solo brilhante, digno de um Jimmy Page. O nome da música é In Memoriam, e foi feita pelo guitarrista Stefan Elmgreen em homenagem a Chuck Schuldiner, criador do Death, que foi vitima de cancer:

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