terça-feira, 27 de novembro de 2012

Um ouro que estava escondido

capa de Matando o Amor (2011).

O título da postagem já é controverso, porque o ouro que encontrei estava escondido somente para mim, ele estava bem ali na frente e nunca tinha visto.

Ainda não tive a oportunidade de ver o Talma&Gadelha ao vivo, mas a curiosidade finalmente me levou a escutar o último álbum deles, o Matando o Amor (2011). Tudo o que tinha ouvido a respeito da criatividade da banda e da qualidade das músicas ficou evidente logo de cara assim que escutei Enigma, faixa que abre o álbum. O legal, além disso, foi ver que já tinha cruzado com membros da banda várias vezes na saída dos ensaios do Godhound, e não sabia.

As músicas simplesmente ficam grudadas na sua cabeça. As melodias dos vocais e o instrumental leve, alternando sons limpos com distorções "vintage", contribuem para isso. O Roqueiro e a Hippie traz a alternância da Simona Talma e do Luiz Gadelha nos vocais, ficou bem interessante, ainda mais com o instrumental meio "havaiano". Diversidade é a palavra que reina no álbum. Músicas mais rápidas, mais lentas, mais rock, mais MPB, tem de tudo. Lembramos um pouco dos Mutantes em Mais uma Cereja, e da MPB moderna em Daqui Há Alguns Anos, com direito a progressão no decorrer da música. Um dos melhores refrões do álbum está presente em Porque todo coração é burro, música que para mim é um dos destaques do álbum. Outro fato que merece destaque são letras em português. Hoje é raro ver uma banda de rock, por mais leve que seja, cantando em português, e para isso eu tiro o meu chapéu para o Talma&Gadelha.
Talma&Gadelha (da esquerda para a direita): Henrique Geladeira, Simona Talma, Emmily Barreto, Luiz Gadelha e  Cris Botarelli. 
Fica até um pouco chato comentar música a música, o álbum inteiro vale a pena ser escutado. O foco principal da postagem é mostrar que no nosso estado existe uma relíquia dessas e eu não conhecia, ou talvez até você que está lendo neste exato momento. Foi uma pena ter perdido o show deles no Festival DoSol, mas na próxima oportunidade estarei lá com certeza.

Espero ter feito jus à banda com essa pequena revisão e para quem não conhecia o trabalho deles, vale a pena conferir não só o deles como o das demais bandas do estado. Volto a dizer, tem muita coisa boa aqui que não chega ao conhecimento de muitos.

Para quem quiser conferir o som deles, o álbum está disponível no site do DoSol (clique AQUI).


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