domingo, 18 de março de 2012

Os Celtas também eram rock'n'roll


Como alguns já sabem, apesar de engenheiro, sempre fui grande fã de história. Para minha sorte, o rock'n'roll compartilha do mesmo gosto e muitas bandas lançaram trabalhos tendo a história como tema principal. Só para ilustrar, poderíamos citar o Iced Earth, que lançou uma música dedicada à Batalha de Gettysburg, como já foi tema aqui no Rock'N'Prosa (confira AQUI).

Dediquei parte do meu tempo nos últimos anos à obra de Bernard Cornwell, escritor e historiador inglês, o qual gostaria de recomendar para todos aqueles fãs de história antiga e medieval. Isso me trouxe para perto da cultura nórdica e também da Celta, pude de fato mergulhar de cabeça nesse mundo, desde a religião até a música.

Trazendo o assunto para o lado musical. A música celta sempre foi bastante rica, formada por instrumentos de percussão, sopro e de cordas. O som é bastante característico, o que influenciou o som dos bardos e menestreis na Idade Média.

Nos tempos atuais, bandas decidiram resgatar esse som e fazer novas composições, o que acabou por formar uma das minhas escolas favoritas do rock'n'roll, o Celtic Rock (ou "Rock Celta", em tradução-livre).

As bandas de Celtic Rock fogem um pouco da formação clássica do rock'n'roll. Ao invés de guitarra, baixo e bateria; temos guitarra, baixo, bateria, piano, flauta, percussão, bandolim, sanfona, dentre outros instrumentos celtas que infelizmente desconheço a nomenclatura.

Tuatha de Dannan, celtic rock brasileiro.
O movimento foi iniciado na Europa, paralelamente na Escócia e Irlanda, mas puxando a música mais para o lado "folk", como foi o caso do Thin Lizzy.

Com o passar dos anos, mais bandas foram surgindo. Ainda trabalhando com o lado "folk", no final dos anos 1980 a Espanha revelou o Mago de Öz. O Mago de Öz incluiu sanfona (ou acordeon, como queiram chamar), violino e flauta transversal ao rock'n'roll e produziu grandes composições. Infelizmente, eles nunca aportaram pelo Brasil, se não estou enganado. Minha música favorita é Molinos de Viento, tendo como tema principal a obra de Cervantes, Don Quixote.





Outra banda decidiu puxar a música celta para um lado mais extremo, o Eluveitie. A banda é nova, iniciou suas atividades em 2002, e misturou com grandeza o instrumental celta com os vocais guturais característicos do Death Metal. Os 8 integrantes da banda, dentre vocalistas e instrumentalistas celtas, fazem jus à escola do rock celta, e estão levando a bandeira do movimento adiante.





O Brasil não ficou atrás e também produziu a sua banda de rock celta, o Tuatha de Dannan. A banda natural de Varginha/MG produziu grandes álbuns, como o Trova di Danú (2004) e ainda gravou um DVD, o Acoustic Live (2009).



Enfim, enquanto essas bandas durarem e novas surgirem, a cultura Celta continuará preservada. Isso acontece com outras culturas também, como banda que misturam a música Nordestina ao rock'n'roll ou até mesmo a música clássica ao rock'n'roll. Tudo isso serve como um instrumento para se alcançar a imortalidade  da cultura.

Concluindo, para quem não conhecia essa escola do rock'n'roll, espero que tenha gostado, e que curta ela assim como eu curto.

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