Não me imaginei vendo Paul McCartney pela terceira vez, aliás, nunca vi uma banda sequer três vezes, nem as locais. E por que logo Paul? O cara é simplesmente um ídolo para mim, um cara que pareceu entender a vida como ela é e conseguiu traduzir em canções. Justamente por causa disso, decidi fazer agora diferente, não vou escrever mais uma resenha, e sim agradecer.
Agradecer pela jornada árdua até Fortaleza/CE, digna de uma canção dos bardos da Idade Média? Agradecer aos litros de suor depois de uma corrida de 4 km até o Castelão, depois de um engarrafamento que nunca tinha visto na minha vida? Claro que sim, são contos que levarei comigo pelo resto da vida.
Como não agradecer à alegria que Eight Days a Week, All my Loving e Paperback Writer causam no espírito? Como não agradecer ao sentimento provocado por The Long and Winding Road e And I Love Her? Como não relembrar da sua infância ao escutar All Together Now e We Can Work It Out? Como não se emocionar com Maybe I'm Amazed? Como não vibrar com Mrs. Vandebilt, Band on the Run e Helter Skelter? Como não se divertir com Hope of Deliverance e Being the Benefit of Mr. Kite? Como não parar para cantar Let It Be e Hey Jude? Como não exorcizar seus demônios com os fogos de Live and Let Die? Como não voltar para casa depois de Golden Slumbers?
Isso tudo é só um pouco daquele universo que é um show do Paul McCartney. Não importa se foi o seu primeiro, ou seu décimo show. A emoção é igual à primeira vez. É um espetáculo único. Por isso, para mim só resta dizer: Obrigado, Paul...e, até a próxima!