sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Um dia de celebração



Ontem recebi um grande presente. O mais novo DVD do Led Zeppelin, o Celebration Day (2012). À princípio ele parece um DVD qualquer, para os desavisados, digo logo.

Há 2 meses atrás, depois de uma atividade suspeita na sua fanpage do Facebook, o Led finalmente anuncia que o show realizado no dia 10 de dezembro de 2007 estaria disponível em DVD, para que todo mundo que não esteve no show, como este que escreve aqui, tivesse a oportunidade de compartilhar esse momento com a banda.

Acompanhei tudo de perto. A divulgação do dirigível, da ponte sobre o rio Tâmisa (elementos presentes na capa do DVD, para você entender melhor), da música Celebration Day sendo postada no canal da banda, até a entrevista coletiva onde eles anunciaram o lançamento do DVD e exibição no cinema.
capa do Celebration Day (2012).
O que testemunhei ontem ao inserir o disco no aparelho foi um acontecimento único na história do universo. Uma das maiores bandas de rock de todos os tempos voltou no tempo por uma noite e executou seus clássicos para o seleto público. Já digo porque "seleto". Quando a banda anunciou a volta, em 2007, o único show na O2 Arena, em Londres, vendeu seus 18.000 ingressos em menos de 10 minutos.

Logo de início fui para Trambled Under Foot. Esqueci todos os telefones e e-mails quando John Paul Jones começou a executá-la no teclado. E teclados, iluminaram o show em Misty Mountain Hop e Kashmir. A mesma suavidade e agressividade (com perdão para a antítese) das guitarras de Jimmy Page marcaram Stairway to Heaven e The Song Remains the Same. Quem é clássico, é clássico, Robert Plant apesar da idade, ainda chama a responsabilidade nos vocais.

Não entendo muito do espiritismo, me corrijam se estiver errado, mas tenho certeza que o espírito do John Bonham desceu e assumiu o seu lugar na bateria no corpo do filho, Jason Bonham. Tem horas até que esquecemos que ele partiu. Execução perfeita das músicas. Destaque para Rock'n'Roll.
Led Zeppelin no palco da 02 Arena, em Londres.
Foi emocionante ver aqueles caras juntos novamente ali naquele momento. A sensação que tive foi que a banda nunca acabou, parece que eles vinham tocando juntos desde os anos 80. O show não teve aparato. Os 4 Led's e só. Nada de orquestras, músicos contratados extras, pirotecnia, nada. A música do Led Zeppelin foi o destaque do show. É claro que resumir o Led Zeppelin em 16 músicas é complicado. Queria ter visto The Rover e All my Love no show, talvez até Moby Dick, seria até uma forma de Jason fazer um tributo a mais ao seu pai.

Encerrando, esse é um dos melhores lançamentos da década, não estou exagerando, e quem quiser, pode comprar sem medo, você não se arrependerá.


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