Ultimamente todos foram bombardeados com notícias das reuniões e possíveis reuniões dos grandes ícones do rock'n'roll mundial. Enquanto os boatos surgem sobre uma possível reunião da formação original do Guns N'Roses e dos remanescentes do Pink Floyd, o Van Halen e o Black Sabbath anunciam o lançamento de um álbum de músicas inéditas.
O que me vem à cabeça com isso tudo é o motivo dessas reuniões. Os álbuns foram lançados, as bandas fizeram história e encerraram suas atividades de forma heróica, mas sempre acabam anunciando uma volta.
Formação original do Black Sabbath (da esquerda para a direita): Bill Ward, Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Tony Iommi. |
Nesses momentos o Led Zeppelin sempre aparece na minha frente. Eles sim souberam aproveitar o seu tempo e viraram lendas do rock'n'roll, assim também como os Beatles.
O que me indigna nisso tudo não é que a banda vai voltar, isso é uma grande oportunidade para todos a verem ao vivo, mas é que as questões que norteiam essa volta não é mais a música e sim dinheiro. Pois é, capitalismo!!
Nessa última semana, Bill Ward, baterista original do Black Sabbath, anunciou a sua saída da reunião justamente por motivos contratuais. Paralelo a isso também surgiu o fato de que Bill contribuiria só com o nome para o álbum novo do Black Sabbath, não tocaria bateria nas gravações, isso pode ser chamado de reunião? Da volta da melhor e maior banda de rock de todos os tempos?
Acho que por isso que o Pink Floyd deixa tudo como está, não voltam, apesar dos fortes boatos. Enquanto isso, o Van Halen já está com o seu novo álbum praticamente pronto e caminhando para uma grande turnê mundial, com seus contratos devidamente acertados com todos os membros da banda.
Formação atual do Van Halen, com David Lee Roth de volta aos vocais. |
Capa do A Different Kind of Truth (2012), novo álbum do Van Halen. |
Eu sei que a maioria dos web-leitores vai discordar disso tudo, mas foi a sensação que tive ao ver o cenário. Vou continuar escutando meus álbuns do Black Sabbath como sempre, e se tudo der certo e eles vierem para o Brasil, não vou deixar de vê-los, porque com capitalismo ou não, eles são a história e isso merece ser visto.
Com todo o cenário, tive uma sensação parecida a de quando assisti o filme-documentário Zeitgeist, tipo como se algo em que eu acreditasse fosse negado. Mesmo o capitalismo vencendo a música, não vamos deixar isso estragar toda a magia do rock'n'roll, que pessoas como Ronnie James Dio lutaram tanto para construir.