capa do Fear of a Blank Planet (2007). |
Vamos já começando com uma polêmica, porque esse álbum não tem idade para ser um clássico, mas, já o considero como tal. Profetizando um pouco, daqui a alguns anos, tenho plena conficção de que o Porcupine Tree será apontado como o novo Pink Floyd. A banda é de um estilo único, consegue misturar peso e sequências harmônicas brilhantes em suas músicas.
Em outra oportunidade cheguei a recomendar o álbum In Absentia (2002) (confira AQUI) para vocês web-leitores escutarem, mas nada se compara ao Fear of a Blank Planet (2007), que é a maior obra-prima deles na minha opinião.
Com 50 minutos de duração distribuídas em 6 faixas, os britânicos do Porcupine Tree nos levam pela realidade atual do mundo nesse álbum, falando sobre a ilusão que muitos acreditam ser a vida. A banda conta com toda a intelectualidade de Steven Wilson (guitarra e vocal principal), John Wesley (guitarra), Gavin Harrison (bateria), Richard Barbieri (teclado e sintetizador) e Colin Edwin (baixo).
Em outra oportunidade cheguei a recomendar o álbum In Absentia (2002) (confira AQUI) para vocês web-leitores escutarem, mas nada se compara ao Fear of a Blank Planet (2007), que é a maior obra-prima deles na minha opinião.
Com 50 minutos de duração distribuídas em 6 faixas, os britânicos do Porcupine Tree nos levam pela realidade atual do mundo nesse álbum, falando sobre a ilusão que muitos acreditam ser a vida. A banda conta com toda a intelectualidade de Steven Wilson (guitarra e vocal principal), John Wesley (guitarra), Gavin Harrison (bateria), Richard Barbieri (teclado e sintetizador) e Colin Edwin (baixo).
Porcupine Tree (da esquerda para a direita): Gavin Harrison, Richard Barbieri, Steven Wilson e Colin Edwin. |
Esse álbum é de uma grandeza inimaginável, a abertura fica por conta das teclas do computador de Fear of a Blank Planet, anunciando que todo o planeta está condenado a viver "em branco", preso no mundo da internet.
Sem pausas, o álbum continua na brilhante My Ashes, e sua suave melodia. A letra fala sobre esperança, depois de toda a "destruição" anunciada na primeira faixa do álbum, o Porcupine Tree fala que ainda existe uma salvação. Ou, sendo mais específico, no refrão a banda nos diz: "E as minhas cinzas irão achar um caminho em meio à nevoa, e retornar para salvar a criança que eu esqueci", não precisa dizer mais nada. Todo o álbum foi executado ao vivo na turnê, e um show foi registrado no DVD Anesthetize (2010), de onde foram retirados esses vídeos abaixo:
O que mais gosto desse álbum é que você não pode escutar simplesmente uma única música, o álbum todo é uma sequência e deve ser respeitada. Por exemplo, My Ashes perde o sentido se não for escutada na sequência de Fear of a Blank Planet, e a maior obra-prima do Porcupine Tree, Anesthetize, também é assim.
Anesthetize é uma faixa épica com 17 minutos de duração, que nunca me canso de escutar, tamanha a sua grandiosidade. A quantidade de riffs presentes nela é gigantesca, não sei como a banda consegue memorizá-los e executá-los nos seus shows. Variações no ritmo da música também deixam ela melhor e não a torna cansativa. Analisando a letra, podemos ver que toda a luta que foi travada em My Ashes foi perdida, a personagem se isola em seu mundo, aliás, no nosso mundo. Podemos ver na letra frases como: "Apenas a MTV dita a filosofia, estamos perdidos no shopping andando feito zumbis entre as lojas". Que atire a primeira pedra quem não vive nesse mundo. Poucas pedras serão lançadas, eu sei. Essa é a música que define tudo o que o Porcupine Tree é, e é o ponto chave desse álbum.
Após toda a "eletricidade" de Anesthetize, a banda diminui um pouco o ritmo com Sentimental. O que gosto também do álbum é a sua sequência de fato, alterna entre músicas pesadas e mais lentas. Em Sentimental nos é mostrado a continuação do mundo após Anesthetize, em outras palavras, a vida dos filhos das pessoas que vivem hoje no mundo. Eles acabam seguindo a mesma estrada do consumismo e da ilusão que seus pais seguiram. A letra mostra um certo arrependimento por parte da personagem, mas, mostra uma confusão na cabeça dela ao mesmo tempo.
A psicodélica Way Out of Here dá continuidade ao álbum, sugerindo que só nos resta fugir dessa "realidade", fugir da hipocrisia e da falsidade. Ou, como a letra diz: "E as janelas trancadas e cortinas fechadas, e eu apaguei minhas pistas. Me livrei do meu carro e vou até esquecer o meu nome".
A excelente Sleep Together encerra essa obra-prima do rock progressivo, misturando peso e os efeitos no sintetizador, dando um tom bem característico à música. Unindo desespero com dúvida, e ao mesmo tempo mostrando a solução para tudo, quando a letra nos diz: "Vamos dormir juntos neste momento, aliviar a pressão de algum modo, desligue o futuro neste momento, vamos dormir para sempre". A sensação que eu tenho ao escutar essa música é que a guerra travada no álbum não pode ser vencida, mas nós podemos escolher não se juntar à loucura do mundo, e é o que é sugerido na música.
Concluindo, o Fear of a Blank Planet (2007) apesar de prodígio, merece sim está na nossa Galeria de Clássicos, é um álbum muito rico musicalmente e traz uma temática que eu particularmente gosto bastante, o mundo atualmente.
Sem pausas, o álbum continua na brilhante My Ashes, e sua suave melodia. A letra fala sobre esperança, depois de toda a "destruição" anunciada na primeira faixa do álbum, o Porcupine Tree fala que ainda existe uma salvação. Ou, sendo mais específico, no refrão a banda nos diz: "E as minhas cinzas irão achar um caminho em meio à nevoa, e retornar para salvar a criança que eu esqueci", não precisa dizer mais nada. Todo o álbum foi executado ao vivo na turnê, e um show foi registrado no DVD Anesthetize (2010), de onde foram retirados esses vídeos abaixo:
O que mais gosto desse álbum é que você não pode escutar simplesmente uma única música, o álbum todo é uma sequência e deve ser respeitada. Por exemplo, My Ashes perde o sentido se não for escutada na sequência de Fear of a Blank Planet, e a maior obra-prima do Porcupine Tree, Anesthetize, também é assim.
Anesthetize é uma faixa épica com 17 minutos de duração, que nunca me canso de escutar, tamanha a sua grandiosidade. A quantidade de riffs presentes nela é gigantesca, não sei como a banda consegue memorizá-los e executá-los nos seus shows. Variações no ritmo da música também deixam ela melhor e não a torna cansativa. Analisando a letra, podemos ver que toda a luta que foi travada em My Ashes foi perdida, a personagem se isola em seu mundo, aliás, no nosso mundo. Podemos ver na letra frases como: "Apenas a MTV dita a filosofia, estamos perdidos no shopping andando feito zumbis entre as lojas". Que atire a primeira pedra quem não vive nesse mundo. Poucas pedras serão lançadas, eu sei. Essa é a música que define tudo o que o Porcupine Tree é, e é o ponto chave desse álbum.
Após toda a "eletricidade" de Anesthetize, a banda diminui um pouco o ritmo com Sentimental. O que gosto também do álbum é a sua sequência de fato, alterna entre músicas pesadas e mais lentas. Em Sentimental nos é mostrado a continuação do mundo após Anesthetize, em outras palavras, a vida dos filhos das pessoas que vivem hoje no mundo. Eles acabam seguindo a mesma estrada do consumismo e da ilusão que seus pais seguiram. A letra mostra um certo arrependimento por parte da personagem, mas, mostra uma confusão na cabeça dela ao mesmo tempo.
A psicodélica Way Out of Here dá continuidade ao álbum, sugerindo que só nos resta fugir dessa "realidade", fugir da hipocrisia e da falsidade. Ou, como a letra diz: "E as janelas trancadas e cortinas fechadas, e eu apaguei minhas pistas. Me livrei do meu carro e vou até esquecer o meu nome".
A excelente Sleep Together encerra essa obra-prima do rock progressivo, misturando peso e os efeitos no sintetizador, dando um tom bem característico à música. Unindo desespero com dúvida, e ao mesmo tempo mostrando a solução para tudo, quando a letra nos diz: "Vamos dormir juntos neste momento, aliviar a pressão de algum modo, desligue o futuro neste momento, vamos dormir para sempre". A sensação que eu tenho ao escutar essa música é que a guerra travada no álbum não pode ser vencida, mas nós podemos escolher não se juntar à loucura do mundo, e é o que é sugerido na música.
Concluindo, o Fear of a Blank Planet (2007) apesar de prodígio, merece sim está na nossa Galeria de Clássicos, é um álbum muito rico musicalmente e traz uma temática que eu particularmente gosto bastante, o mundo atualmente.
Segue o track-list:
1. "Fear of a Blank Planet" (Steven Wilson) – 7:28
2. "My Ashes" (Richard Barbieri/Steven Wilson) – 5:07
3. "Anesthetize" (Steven Wilson) – 17:46
4. "Sentimental" (Steven Wilson) – 5:26
5. "Way Out of Here" (Steven Wilson/Richard Barbieri/Colin Edwin/Gavin Harrison) – 7:37
6. "Sleep Together" (Steven Wilson) – 7:28
Por que você num colocou o link para o pessoal baixar?? diudhuidhduih
ResponderExcluirgostei bastante do post, porque você apresentou as faixas e todas a história que é contada.. Confesso, que muitas vezes nem percebo isso.. Gosto das músicas e pronto! Esse album é muiiitoo bom, td feito no capricho, mas tbm gosto do in absentia x) Não tem como pô!! E pare com as comparações.. Pink Floyd?? Porra, vamô com calma viu?? idhdhduihduidhuidh
No mais, é isso aê! :) :*
É só a profecia, sei que falta muito para um ser humano comum alcançar o Pink Floyd, mas os caras estão na estrada certa...
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