quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Galeria de Clássicos: Black Sabbath - Master of Reality (1971)

Master of Reality (1971)

Poucas bandas possuem o poder que o Black Sabbath possui em fazer grandes álbuns. Para abrir essa seção semanal sobre os grandes clássicos do rock n’roll, nada como um autêntico clássico dessa banda que deu vida a toda uma era, com a criação do que é conhecido hoje como heavy metal.

O Master of Reality é o terceiro álbum do Black Sabbath e foi lançado oficialmente no dia 21 de julho de 1971 pelo selo Vertigo. O álbum, produzido por Rodger Bain e possui ao todo 8 faixas, totalizando aproximadamente 34 minutos de duração. Master of Reality vendeu ao todo mais de dois milhões de cópias e tem um espaço garantido na “Galeria de Clássicos do Rock N'Prosa”.

Black Sabbath: Tony Iommi, Ozzy Osbourne, Geezer Butlet e Bill Ward

Os fãs do gênero estavam desapontados depois do álbum quase acústico do Led Zeppelin (Led Zeppelin III), as esperanças em algo pesado agora só dependiam do Black Sabbath, que não desapontou e jogou todo o seu peso no Master of Reality.

A pesada Sweet Leaf oferece as boas-vindas a todos, apesar da letra fazendo apologia às drogas (provavelmente à maconha), essa música é um dos grandes clássicos do Black Sabbath. Uma curiosidade sobre esse álbum é que, por ter sofrido um acidente com seus dedos em uma fábrica alguns anos antes, o guitarrista Tony Iommi teve que afinar sua guitarra três semi-tons abaixo, o que reduziu a tensão nas cordas e conseqüentemente deixou o som do Sabbath mais pesado ainda.

Tony Iommi critica os pensamentos teológicos em After Forever, música creditada a ele somente, ao contrário das demais, que foram creditadas a todos os membros da banda.

A banda mostra também o seu lado técnico no instrumental Embryo, fazendo lembrar um pouco o estilo polka. Esse instrumental é a introdução para Children of the Grave, a faixa mais clássica do álbum, e uma das minhas favoritas de toda a história do Black Sabbath. A fase do rock em geral não era para singles, mas Children of the Grave foi lançada como um single, dada a sua magnitude. A letra é um show a parte, gosto principalmente do trecho que diz: “Children of tomorrow live in the tears that fall today”.




Em seguida, Tony Iommi mostra o seu lado mais “sensível” e abandona a guitarra e as distorções no instrumental Orchid, executado somente com violões, esse instrumental mostra que o Black Sabbath não é apenas rock pesado, mas uma revolução musical. Experimentos com diferentes melodias podem ser encontrados no álbum Vol.4, com a música Changes e no Tecnical Ecstasy com It’s Alright.


Black Sabbath ao vivo no ano de 1971
A pesada Lord of this World vem logo em seguida, abandonando toda a “sensibilidade” do instrumental antecessor. O ponto forte da música são os seus solos com guitarras intercaladas, desconheço se foi a primeira vez que uma banda tentou essa técnica, mas realmente ficou muito bom. Logo em seguida, a banda diminui o ritmo novamente na cativante Solitude e encerra o álbum com a clássica Into the Void, outro grande clássico do grupo, música que até hoje faz parte dos shows solo de Ozzy Osbourne e fez parte da turnê de reunião do Black Sabbath em 1999.

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